É tudo ou nada! João 12:1-8
Tema: É tudo ou nada!
Base Textual: João 12:1-8
Introdução
O fim de Jesus estava muito próximo. O fato de ter ido a Jerusalém no momento da Páscoa era um ato de coragem suprema porque as autoridades o haviam proscrito (João 11:57). As multidões que chegavam a Jerusalém para a festa eram tão numerosas que não havia forma de conseguirem alojamento dentro da própria cidade. Betânia era um dos lugares fora dos limites da cidade que a Lei estabelecia como sítio apropriado para alojar os peregrinos.
Quando Jesus chegou a Betânia ofereceram uma festa e uma refeição. João não o diz de maneira explícita mas deve ter passado na casa de Marta, Maria e Lázaro porque em que outra parte podia servir Marta se não foi em sua própria casa?
Análise sobre Marta: temos a personalidade de Marta. Servia a mesa. Marta sempre foi coerente. Amava a Jesus; era uma mulher com os pés sobre a terra; a única forma em que podia demonstrar seu amor era mediante o trabalho de suas mãos. Marta sempre dava tudo o que podia dar.
- E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária;
- E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.
Lucas 10:41,42
(v.1) Foi, pois, Jesus seis dias antes da páscoa a betânia, onde estava Lázaro, o que falecera, e a quem ressuscitara dentre os mortos.
Exposição do texto:
- 6 dias antes da páscoa, isto é no sábado;
- O fim de Jesus estava próximo. O Sinédrio (Tribunal) já havia decretado que, se alguém soubesse do paradeiro de Jesus, deveria denunciá-lo (João 11.57).
- Betânia era uma cidade
apropriada para alojar os peregrinos para a festa da páscoa.
(v.2) Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.
Exposição do texto:
- Enquanto a morte de Jesus está sendo tramada em Jerusalém, nos bastidores dos chefes dos sacerdotes e os fariseus, em Betânia uma jantar está sendo preparado para honrá-lo;
- Um jantar oferecido em homenagem a Cristo, ocasião em que Marta (servia) e Lázaro (estava à mesa);
- Marcos informa que o jantar foi na casa de Simão (o ex-leproso) - Marcos 14.3.
(v.3) Então Maria, tomando um arrátel de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento.
Exposição do texto: Maria está sempre associada aos pés de Jesus (Lucas 10.39 e João 11.32)
- Algumas traduções vão dizer “uma libra de bálsamo ( BKJ)”. A libra equivalia a uns 327 gramas de perfume, e cada grama desse perfume valia “um denário”. Um denário era o dia do trabalhador do campo. Judas precifica o perfume em 300 denários (o perfume era igual a um ano de trabalho) (v.5).
- O nardo era extraído das folhas secas de uma planta natural do Himalaia (Índia). Pelo fato de a planta vir de uma região tão remota, o nardo era altamente cotado.
Numa certa vez, o Rei Davi se recusou a dar ao Senhor o que não lhe havia custado coisa alguma.
- 2 Samuel 24.24 diz: Mas o rei respondeu a Araúna: "Não! Faço questão de pagar o preço justo. Não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada". Davi comprou, pois, a eira e os bois por cinqüenta peças de prata.
Araúna queria dar a Davi a eira e os bois para sacrifício. No entanto, Davi não queria oferecer ao Senhor aquilo que não lhe havia custado nada. Este é um princípio poderoso para toda a adoração e o culto ao Senhor. Se não há um custo, não há um verdadeiro sacrifício. Davi entendeu e praticou o princípio da doação sacrificial a Deus (2 Co 8.1-4).
Uma eira é uma superfície rija e achatada onde o trigo é amassado e os grãos são separados da palha.
O ato de ungir os pés de Jesus quebrou algumas regras culturais, vejamos:
1. A sociedade esperava que as mulheres estivessem servindo;
2. Tocar os pés de outra pessoa era considerado algo degradante;
3. Soltar os cabelos em público era algo imoral (algo contrário às
tradições) para uma mulher naquele tempo. O cabelo era solto em público somente
no dia de seu casamento.
4. O caro perfume era um tesouro, pois as mulheres guardavam para as suas próprias bodas.
# quando duas pessoas se amam de verdade vivem em um mundo próprio!
Ilustração: Trata-se de um casal jovem, João e Bela, que eram muito
pobres mas estavam profundamente apaixonados. Cada um deles tinha uma só coisa
que lhes pertencia de maneira especial. O cabelo de Bela era seu orgulho.
Quando o soltava era quase como um manto. João tinha um relógio de ouro que
tinha herdado de seu pai e do qual se orgulhava. A véspera de Natal, Bela tinha
só 2 dólares para comprar um presente para João. Fez a única coisa que estava
em seu poder fazer: saiu à rua e vendeu sua cabeleira por 20 dólares. Com o que
obteve comprou as pulseiras para o precioso relógio de João. Quando seu marido
voltou para a casa de noite e viu o cabelo curto da Bela, e ficou surpreso. Não
se tratava de que não gostasse ou que tivesse deixado de amar à sua esposa.
Estava mais formosa que nunca. Lentamente lhe entregou seu presente: era um par
de pentes de prender cabelos, muito caros, com pedras incrustadas nas bordas.
Tinha-as comprado para que as luzisse em sua cabeleira. E tinha vendido seu
bonito relógio de ouro para adquiri-las. Cada um entregou ao outro tudo o que possuía. O
amor autêntico não pode conceber outra forma de dar.
Vemos a extravagância do amor. Maria tomou o objeto mais prezado/estimado que possuía e o gastou todo em Jesus. O amor não é autêntico se calcular os custos com cuidado.
Atos individuais de caridade pode ser esquecido em breve, mas o que esta mulher fez permanecerá como um modelo de devoção, onde quer que este evangelho é pregado.
(v. 4) Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
(v. 5) Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
(v. 6) Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava (não só levava a bolsa mas também roubava seu contéudo).
Exposição do texto: Judas criticou Maria por desperdiçar dinheiro, enquanto ele desperdiçou a própria vida!
- A avareza disfarçada de amor aos pobres X oferta sacrificial;
- Jesus confiava em Judas. Jesus queria chegar ao coração de Judas ao fazê-lo tesoureiro do grupo.
- Jesus conhecia a natureza de Judas (João 6.70-71 - um de vocês é o diabo), porém não o tratou com suspeita, mas com confiança. Tratou não esperando o pior dele, mas sim o melhor.
- Jesus não colocou Judas a cargo da bolsa (tesoureiro) para provar que ele era ladrão (avarento), mas sim, porque viu capacidade. Judas tinha o dom de administrar o dinheiro, mas se converteu primeiro em ladrão e depois em traidor.
# O amor não é calculista, o amor esbanja. O amor, depois de dar tudo, só lamenta não ter mais para dar!
Já parou para pensar que Judas desejava fazer o mesmo por Jesus, porém nunca teve forças?
Judas é o exemplo de um homem que se deu conta muito tarde das coisas que nunca havia dito ou feito.
(...) Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Tiago 4:14
Porque, que é a vossa vida?
Estamos perdendo oportunidades de entregar o melhor (que temos) ao Senhor!
Eu não posso adiar minha adoração, ela precisa ser hoje, agora agora!
Judas poderia estar aos pés de Jesus, mas preferiu vendê-lo por 30 moedas de prata (Mt 26.15).
O vaso de alabastro tinha que ser quebrado, a fim de usar seu conteúdo (os mais belos hinos e poesias foram
(v.7) Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto;
(v.8) Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
Exposição do texto: Foi algo profético, pois Maria antecipou-se e ungiu Jesus antes de sua morte. Apenas esta mulher discerniu esse fato para honrá-lo antecipadamente.
- Vimos que as mulheres foram ungir o corpo de Jesus, mas, quando chegaram, ele já não estava lá, pois havia ressuscitado.
Marcos 16:6 - Não tenham medo", disse ele. "Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui.
# Estamos demonstrando nosso amor tardiamente.
Davi, declarou amor a seu filho
Absalão, depois que ocorreu sua morte. Absalão sempre quis ouvir isso de seu
pai Davi. O amor foi declarado, mas seu filho não poderia mais ouvir.
O rei, com o rosto coberto,
gritava: "Ah, meu filho Absalão!
Ah, Absalão, meu filho, meu filho! " 2 Samuel 19:4.
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