Estudo sobre Jeremias 33.1-17
Estudo sobre Jeremias 33.1-17
Introdução:
Jeremias significa aquele que é levantado pelo Senhor.
Introdução:
Jeremias significa aquele que é levantado pelo Senhor.
Ele
começou jovem, desde muito cedo.
Jeremias
foi profeta servindo fielmente a Deus por 40 anos. Ele começou ainda bem jovem
no 13º ano do Rei Josias, quando as coisas iam bem sob o reinado deste bom rei,
mas continuou durante todos os reinados maus que se seguiram (Jeoacaz,
Jeoaquim, Joaquim e Zedequias), Jeremias ministrou sob o governo dos últimos 5
reis de Judá (Reino do Sul).
Do
13º ano de Josias até o cativeiro foram apenas 40 anos.
É
de se observar que, “assim como Moisés foi muito paciente com o povo,
ensinando-o no deserto, até entrarem em sua própria terra, Jeremias também foi
paciente ensinando em sua própria terra, antes do povo entrarem no deserto dos
pagãos”.
Desta
forma, podemos afirmar “o vento possa ser bom e favorável, não sabemos quando
ele pode mudar e tornar-se tempestuoso”.
Conhecido
como um profeta chorão, sofredor, pois foi espectador dos pecados do seu povo e
destruição destes.
O CHAMADO DE JEREMIAS:
a)
A ESCOLHA DE DEUS:
Jr 1:5 -
"Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci". Antes de ele
nascer, o Senhor Deus, em seu conselho eterno, o havia designado para ser
profeta. Aquele que lhe deu a incumbência do chamado é o mesmo que lhe deu a
existência, que o formou no ventre e que tirou da madre.
Jr 1:5 –
“te santifiquei e ás nações te dei por profeta”. Isto é, eu determinei que
fosses um profeta e te separei para o ofício. O grande Criador sabe que uso
fazer de cada homem antes de formá-lo. Ele fez a todos para si mesmo, e do
mesmo pedaço de barro, Ele cria “um vaso para honra e outro para desonra”, como
bem quer (Rm 9:21).
- Jeremias
ordenado por Deus a ser um profeta para as nações. Ou seja, ele foi dado por
profeta, não só para os judeus, mas para as nações vizinhas.
Jr 1:6 –
“Eis que não sei falar; porque sou uma criança”. Jeremias se opõe ao chamado,
como um trabalho para o qual ele não está qualificado. Não sei falar elegante
nem fluentemente, não sei expressar bem as coisas, como uma mensagem de Deus
merece e precisa ser expressa. Não sei falar com autoridade, assim minha voz
será desprezada.
Jr 1:7:
“aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás”.
Jr 1:9:
“Eis que ponho as minhas palavras na tua boca”.
Jr 1:10:
“ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para
derribares, e para destruíres, mas também para edificardes”.
b) O PREÇO DE UM CHAMADO: Por 40 anos Jeremias serviu como porta-voz de Deus para Judá, mas quando falava ninguém o ouvia.
Jeremias não conseguiu sucesso material.
·
Foi
lançado na prisão (Jr 37)
·
Foi
lançado em uma cisterna (Jr 38)
·
Foi
levado para o Egito contra sua vontade (Jr 43)
·
Foi
rejeitado por seus vizinhos (Jr 11:19-21)
·
Foi
rejeitado por sua família (Jr 12:6)
·
Foi
rejeitado por seus amigos (Jr 20:10)
·
Foi
rejeitado e perseguido pelo seu público-povo (Jr 26:80
·
Foi
rejeitado pelos reis (Jr 36:23)
"Jamais me sentei na companhia dos que se divertem, nunca festejei
com eles. Sentei-me sozinho, porque a tua mão estava sobre mim e me encheste de
indignação" (15:17).
Ao
longo de sua vida Jeremias esteve só, proclamando as mensagens de Deus de
destruição, anunciando a nova aliança e chorando sobre o destino de sua amada
nação.
Aos
olhos do mundo, Jeremias não foi um sucesso, mas aos olhos de Deus, Jeremias
foi uma das pessoas mais bem-sucedidas da história.
O
tema da mensagem de Jeremias era: Israel deveria arrepender-se e voltar-se para
Deus, caso contrário Ele castigaria a nação. Como o povo rejeitou esta
advertência, Jeremias começou a predizer a destruição de Jerusalém.
A
falta de arrependimento fez com que Jeremias pensasse se realmente ele fez algo
bom.
Jeremias
viveu para ver muitas de suas profecias se cumprirem, em especial à queda de
Jerusalém.
Por
causa do pecado, Jerusalém foi destruída, o templo arruinado, e o povo
capturado e levado para a Babilônia, sendo tudo isto por causa da recusa em
ouvir a mensagem de Deus.
SOBRE A VINDA DO MESSIAS: Jeremias predisse que, depois da
destruição da nação, Deus enviaria um novo Pastor, o Messias. Este conduziria
Israel a um novo futuro, a uma nova aliança e a uma nova esperança. Ele
realizaria estas coisas ao transformar corações de pedra, endurecidos pelo
pecado, em coração de carne, sensíveis ao amor a Deus.
JEREMIAS 33:
Quando as coisas estavam se tornando
cada vez piores. E era a segunda vez que isso acontecia. Deus havia falado uma
vez, ou melhor, duas vezes, para encorajar o seu povo. Não somos tão desobedientes
a ponto de precisar de mandamento sobre mandamento para nos levar a fazer nosso
dever. Mas somos tão desconfiados a ponto de precisarmos de promessa sobre
promessa para nos sentir confortados.
Essas
palavras foram ditas a Jeremias quando ele estava na prisão. Observe que
nenhuma prisão pode privar o povo da presença de Deus. As aflições são
abundantes numa prisão, mas o consolo é maior. As mais doces epistolas de Paulo
foram escritas na prisão. Os mais belos hinos e poesias, as orações mais
esperançosas e humildes, foram escritos e suplicadas em tribulação, na prisão e
num deserto.
“Quando
aqui as flores já fenecem, As do céu começam a brilhar; Quando as esperanças
desvanecem, O aflito crente vai orar; Os
mais belos hinos e poesias, Foram escritos em tribulação, E do céu, as
lindas melodias, Se ouviram, na escuridão” – Harpa Cristã nº 126.
33:1 – “estando ele ainda
encerrado no pátio da guarda”. Jeremias
havia sido preso no pátio da guarda porque Zedequias (rei de Judá) achou mal
Jeremias ter profetizado que o Senhor “entregaria esta cidade nas mãos do rei
da babilônia, e ele a tomará” – Jr 32:2-3. O exercito babilônico já havia
cercado Judá neste tempo.
33:2 – “o Senhor que faz
isto, o Senhor que forma isto”. Foi
o Senhor quem fez e formou os céus e a terra, portanto tem todo poder em suas
mãos. Jeremias já havia mencionado isto em Jr 32:17.
Ele
é o criador e formador de Jerusalém, foi o primeiro a construí-las, portanto
também pode reconstruí-las para seu próprio louvor.
O
Senhor é criador e formador das promessas em nossas vidas. É Ele quem dá vida as
promessas existentes em nossas vidas.
Jeremias
apelou ao poder de Deus na criação com base para sua proclamação a respeito da
demonstração futura de poder na restauração do povo. A renovação da nação é
equivalente a uma nova criação.
33:3 – “coisas grandes”. Tem o significado
abstrato de inacessível ou inconcebível (inacreditável, que não pode
compreender).
Deus
já havia falado com o profeta Jeremias de forma similar em Jr 18:2 “levanta-te e desce a casa do oleiro, e lá te farei ouvir
as minhas palavras”.
33:6 – “lhe manifestarei abundância de paz e
de verdade”. Esta promessa nos leva ao Evangelho de Cristo no qual nos revela
que a paz e a verdade estão encontradas nele. João 14:27.
“eu
farei vir sobre ela saúde e cura”. Três atos de benevolência do Senhor trarão a
renovação a Judá: cura, reconstrução e purificação.
33:7 – “restauração da glória dos dias
antigos”.
33:8 – “perdoarei todas as suas iniquidades”. O
termo perdão no AT é utilizado apenas tendo Deus como agente. Esse fato nos
ajuda entender a reação dos escribas quando ouviram Jesus dizer que perdoava
pecados (Mc 2.7). Deus iria perdoar todas as suas iniquidades e iria eliminar o
castigo ao qual estavam presos pelo pecado.
33:9 – “todas as nações que ouvirem todo o bem
que eu lhe faço; e espantar-se-ão e perturbar-se-ão por causa de todo o bem e
por causa de toda a paz que eu lhe dou”. As nações vizinhas se espantarão por
causa da prosperidade de Jerusalém e irão observar a crescente grandeza da
nação judaica como sendo algo realmente formidável, e temerão tornarem-se seus
inimigos.
33:10:11 – “nas cidades de Judá e nas ruas de
Jerusalém, que estão assoladas (arruinado), sem homens, sem moradores e sem
animais ainda se ouvirá”; voz de gozo e a voz de alegria” (...) “pois farei que
torne o cativeiro da terra como no princípio”. Jerusalém seria transformada num
objeto de escárnio, humilhação e horror, mais depois que o julgamento-exilio de
Deus acabassem, as vozes de tristeza se transformariam em vozes de júbilo.
No
entanto, o gozo final de Jerusalém ocorreria com a Nova Aliança (graça) (Jr
31:31 “Eis que dias vem, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa
de Israel e com a casa de Judá”), que terá início com a vinda de Cristo. Essa
nova aliança, ou concerto, iria fornecer a base duradoura para esperança e o
gozo – o conhecimento de Deus.
33:14 – “eis que vem dias, diz o Senhor, em que
cumprirei a palavra boa que falei a casa de Israel”.
33:15 – “farei que brote a Davi um Renovo de
justiça”, e ele fará justiça na terra”. Restauração da casa de Israel. Renovo
da justiça. Deus iria levantar um rei da linhagem de Davi que governaria de
acordo com a vontade de Deus, com juízo (justiça).
33:16 – “Judá será salvo, e Jerusalém habitará
seguramente”. Após a devastação gerada pelo ataque babilônico, Jerusalém
tornaria a existir sob a proteção de Deus.
33:17 – “nunca faltará a Davi varão que se
assente sobre o trono da casa de Israel”. Estamos aqui, diante da Aliança
Davídica que seria sucedida eternamente. Aqui pode ter uma reflexão, pois Jesus
foi: Rei, Sacerdote e Profeta, cumprindo o Tríplice Ofício de Cristo.
Tríplice Ofício de Cristo:
os ofícios profético,
sacerdotal e real, eram consagrados através de unção, contudo temos que Cristo cujo
significado é “ungido”, não precisaria ser ungido por ninguém, pois é ele quem
unge os profetas, sacerdotes e reis.
Profeta (revela a vontade
de Deus): revelação em
que breve voltará para buscar sua igreja;
Sacerdote (é o mediador
que sacrifica para nos reconciliar com o Pai): Expiou o pecado de toda humanidade; rasgou
o véu do santuário com o sacrifício do sangue do cordeiro, retirando o acesso
restrito tornando-o o acesso livre. Cristo foi o Sumo sacerdote;
Rei (governa, protege seu
povo e conquista os inimigos):
Leão da Tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e destacar
os setes selos (Ap 5:5).
A aliança davídica está prevista em Salmos 89:3-4 “fiz um conserto com o meu escolhido, jurei ao meu Servo Davi”; “a tua descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração a geração”. Esta aliança eterna entre Deus e Davi somente encontrou sua validade com a vinda de Jesus e será cumprido na eternidade pelo Rei dos Reis, Senhor dos Senhores.
Em
Lucas 1.31-33 – “este será filho do
altíssimo; o Senhor lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre
sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”. Em seu nascimento o anjo
Gabriel disse isto para Maria.
Observação: todas as alianças são caracterizadas
pelo fato de serem frágeis e passageiras e não terem durabilidade, pois muitas
vezes as partes entram em conflito. Na história existem muitos relatos de
alianças rompidas e pactos quebrados.
Os
pactos e alianças que Deus celebra são totalmente diferentes. Sua garantia é
indiscutível. Deus prometeu “uma vez jurei por minha santidade (não mentirei a
Davi) – Salmos 89:35.
Veja
nem mesmo a infidelidade da geração dos descendentes de Davi invalidou a
aliança com Deus. “se os seus filhos deixarem a minha lei e não andarem nos
meus juízos”; “não retirarei (...) dele (Davi) a minha benignidade, nem
faltarei á minha fidelidade” – Salmos
89:30-33.
A graça seja convosco. Amém.
A graça seja convosco. Amém.
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